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O encontro do mar com o esgoto

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Luiza Figueiredo

Luiza Figueiredo

Esgoto despejado nas areias da praia da Beira-Mar.

Foto: Luiza Figueiredo

A Avenida Beira-Mar possui em torno de 3 km de extensão e a Praia de Iracema, que é a sua continuação, tem 1,8 km. Ambas configuram-se nos principais cartões-postais da capital cearense. Diariamente, dezenas de turistas se dirigem à orla para admirar a praia, andar pelos espigões e passear pelo calçadão. Muitos deles não percebem que logo ali em baixo, na areia, é possível testemunhar um outro fenômeno: o encontro do esgoto com o mar. Por toda a extensão que abrange a praia e vai até o Mucuripe é possível encontrar cerca de dez saídas pluviais que desembocam no mar.

 

Os canos, que deveriam funcionar apenas como forma de escoamento das chuvas, agem como canal de dejetos da cidade, gerado por centenas de ligações de esgoto clandestinas na região, e anualmente viram notícia nos jornais da capital por provocarem manchas escuras no oceano.

 

Outro ponto de desembocadura é o do Riacho Maceió, que despeja suas escuras e mal cheirosas águas no cartão-postal.

 

Passando pelo percurso, de câmera na mão e pés descalços, em uma ensolarada manhã de sábado, foi possível registrar a situação das águas da praia e a união do azul do mar e o negro do escoadouro.

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