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Lavadeiras no tanque

Luciana Herculano

Falkner Moreira

Roupas secam nos

varais da Lavanderia

Edmundo Rodrigues.

Foto: Falkner Moreira

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Lavadeira não é um trabalho preso no passado. A profissão começou com escravas que batiam roupas em pedras nos rios em tempos remotos, lavando peças de vestuário em latas de querosene. Era comum a essas mulheres o transporte de roupas em carrinhos de mão, todas lavadas e engomadas. Sujeitas a doenças desde artrites, pneumonias e até problemas sérios de coluna, a antiga lavagem nos rios foi sendo substituída, com o tempo, pelos tanques de mármore.

 

Hoje, nem a modernização da máquina de lavar extinguiu a profissão de Maria Consuelo, Madalena, Herbênia, Rosângela, Almira, Lúcia, Alice e Vânia, lavadeiras de 50 a 68 anos que dedicam mais de duas décadas ao serviço de lavagem de vestuário. A Lavanderia Edmundo Rodrigues perpetua o legado das lavadeiras no tanque.

 

 

 

 

 

 

 

Fundada em 1991, em Fortaleza, localizada na Praça do Novo Ideal, no bairro Rodolfo Teófilo, a lavanderia foi uma iniciativa da Prefeitura de Fortaleza em parceria com a Regional III. Além desta, outros dois locais foram abertos no bairro como proposta para gerar emprego e renda às mulheres que se dedicavam à profissão de lavadeira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No ano de 2011, a Lavanderia Edmundo Rodrigues passou por uma série de reformas, com a finalidade de ampliar o espaço, instalar mais tanques e aplicar nova pintura no prédio. O fornecimento de água para o local acontece, principalmente, através de um poço profundo, de onde a água é levada para a caixa d’água através de bomba hidráulica. Além do poço, a casa conta ainda com fornecimento de água da Cagece, mas apenas uma torneira é ligada ao sistema de distribuição da concessionária de água.

 

Atualmente, são oito as mulheres que trabalham na lavanderia. Apesar de as despesas de água e energia elétrica serem custeadas pela Prefeitura de Fortaleza e pela Secretaria Regional III, as lavadeiras contam com uma espécie de “caixinha de emergência”, na qual cada uma contribui com R$ 10,00 mensais para suprir necessidades como o conserto da bomba hidráulica e reparos em tanques.

 

 

 

A demanda é intensa e o serviço chega de bairros nobres e de bairros menos favorecidos da cidade. Por dia, cada lavadeira entrega, em média, 50 peças de vestuário

lavadas e passadas.

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